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Archive for fevereiro \25\-03:00 2023

Cristãos sem Cristo

Por Umberto Fabbri

Encontrei no “Livro da esperança”, de Emmanuel (CEC), psicografado por Chico Xavier, uma mensagem que me levou a reflexões profundas e peço licença para compartilhar com vocês.

O texto encontra-se na lição número 14: “Cristãos sem Cristo”. O título por si só revela o equívoco dos que se designam seguidores de Jesus sem realmente segui-lo, dos que talvez nem compreendam de fato o que significa tomar para si esta denominação. Podemos estar caminhando pela vida com o título e sem Jesus, e desta forma, não o seguimos verdadeiramente, pois nos falta esforço, determinação, foco e vigilância.

Se levarmos em conta seus ensinamentos, veremos que todos se baseiam na pura caridade, no servir, no amor desinteressado e fraterno, primeiramente para com Deus, para conosco e para com nossos semelhantes. Esta é a base, este é o norte para edificarmos o reino tão sonhado, onde compreenderemos nossas dores, não nos sentiremos solitários, e teremos força e coragem para levar adiante nossa existência, apesar dos problemas, pois agiremos com retidão e bondade, trazendo paz para nossas consciências.

Sem compreender a necessidade da educação espiritual, que se desdobra beneficamente em todos os outros setores da nossa vida, saímos por aí, existência afora, a fazer valer nossa vontade viciada, doente e egoísta, acreditando que o título por si só basta, que só ele nos exime das responsabilidades de nossos atos, que vale ir contra o que o Mestre prega em essência, desde que carreguemos seu nome.

E foi assim que as grandes guerras se fizeram e ainda se fazem, ceifando vidas, famílias, sonhos…

Em nome de Deus e de Jesus, os homens se agridem e se matam, pois ainda vivem em adoração a si mesmos e seus desejos egoístas, separatistas e materialistas, pela sede de poder, de fazer valer seus desejos.

Quando o Mestre nos pede vigilância, sabiamente nos chama à observação focada e profunda a nossas atitudes, pensamentos, para seu controle por meio da oração que nos remete ao Criador, num processo simples que nos livra de grandes problemas a serem resolvidos a posteriori.

Levar a insígnia de cristãos é coisa muito séria, mas adotá-la sem realmente fazer jus a ela é mais sério ainda, uma vez que podemos atrasar a missão do bem e do amor na Terra.

Nas grandes batalhas da vida é quando mais precisamos seguir os exemplos pacíficos e fraternos do Cristo.

No texto da referida lição, Emmanuel cita os conquistadores, os piratas, os guerreiros e latifundiários que pediam e imploravam sucesso em seus feitos. Rogavam auxílio para o furto, à escravidão, à opressão, demonstrando claramente a falta de compreensão quanto aos ensinamentos de justiça, fraternidade e amor pregadas pelo Nazareno, pois, na verdade, seguiam os seus próprios valores e anseios egoístas.

Não é fácil pensar que talvez ainda continuemos a fazer algo bem parecido, sermos cristãos sem Cristo, todavia é sempre tempo de refletir, de mudar e progredir. Façamos a nossa parte bem-feita, criando exemplos positivos, levando Jesus aos corações da forma mais efetiva e perfeita, por meio de nosso exemplo e somente assim seremos coerentes e corretos com a escolha que fizemos, sendo verdadeiramente cristãos, com o Cristo sempre presente em nossas vidas.

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Jesus por ele mesmo

José Márcio de Almeida

Muitos tentam explicar Jesus.

Mas, como o próprio Mestre se reconhecia?

O que dizia Ele de si mesmo?

Vejamos:

“Eu sou o pão da vida” (Jo 6.48).

“Eu sou a luz do mundo” (Jo 8.12).

“Eu sou a porta” (Jo 10.9).

“Eu sou o bom pastor” (Jo 10.14).

“Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 11.25-26).

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14.6).

“Eu sou a videira” (Jo 15.5).

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O sonho de Maria

Por Marcos Crispim

A amizade entre o divulgador do cristianismo, Paulo de Tarso, e o médico Lucas descrita pelo espírito de Emmanuel no magnífico Paulo e Estevão, psicografado pelo médium Chico Xavier, é de sensibilizar os corações mais endurecidos.

A releitura dessa obra me proporciona consolo e esperança. Inspirado nessa história de renúncia e dedicação à causa cristã peço licença ao leitor amigo para contar um caso ligado a essa sólida amizade que me veio a mente.

Era desejo de Paulo de Tarso escrever um evangelho com base nos depoimentos de Maria de Nazaré. Mas, seu intento, devido a inúmeros compromissos com as igrejas cristãs, não pôde ser atendido. Por isso, delegou ao seu amigo médico a sublime  tarefa de ouvir e colher da mãe de Jesus tudo que pudesse a fim de legar à humanidade precioso registro.

De todos os quatro evangelhos, o de Lucas é de uma delicadeza e doçura sem limites. Eu fico imaginando quantas histórias o médico grego ouviu da Mãe Santíssima da Humanidade. Algumas, com certeza, não pôde registrar. Nenhum livro do mundo caberia todos os detalhes e casos maravilhosos do Mestre nazareno.

Lucas foi visitar Paulo quando ele estava preso na prisão de Cesaréia. O escritor de epístolas foi conduzido ao cárcere devido a defesa ardorosa à condição de Salvador e Mestre de Jesus e que os doutores da Lei teimavam em não admitir. O profissional da saúde noticiou de seus encontros com a genitora do Mestre e daquilo que viria a ser o futuro Evangelho de São Lucas.

Em um momento pousou os olhos serenos em Paulo e falou:

― Maria tem uma memória prodigiosa. Ao escutá-la, enterneço-me profundamente. Parece que estou na companhia do próprio Jesus ali na casinha rústica e simples onde a Senhora habita.

― Que privilégio o seu, meu bom Lucas. Respondeu Paulo, comovido. ― Alegro-me intimamente por esse sonho que está sendo concretizado. Com certeza por trás de tão nobre atividade, os anjos siderais coordenam os fatos para que nada atrapalhe sua execução.

Lucas, voltou à carga:

― Ela me contou do período em que se achava na condição delicada de gestante do menino de Deus. Relatou que a gravidez nada teve a ver em relação a tantas que ela já ouviu falar. Quase sempre ela se sentia em estado de leveza e graça. Inclusive contou de um sonho que ele considera o mais belo de sua vida.

O ex-rabino aproximou-se mais para acompanhar o formoso relato.

E Lucas continuou:

― O sonho, segundo a Senhora, foi tão claro que parecia ser verdadeiro de tão real. Ela estava passeando em magnífico jardim cheio de flores quando viu duas belas crianças. Uma chamou mais sua atenção por causa da profundidade dos olhos e da luminosidade que espraiava ao seu redor. Carinhosamente, o menininho lhe disse: ― Minha mãezinha, prepare o seu coração sensível e amoroso. Nem sempre poderei permanecer ao vosso lado como seria de sua vontade. Meu testemunho é de amor, mas também de fel. Mas, não se turbe o vosso sentimento, querida mãe. Nesse momento, Maria me contou com riqueza de detalhes, que o menino chamou a outra criança para se aproximar delicadamente. Ela confessou tratar-se de um menino tão simpático à sua alma que sentiu vontade de acolher a criança no regaço. E o menino voltou a lhe falar, no sonho divino: ― Esse é João, Maria. Ame-o como se fosse seu filho. E ele será sua companhia em todos os passos haverás de dar. E está incumbido por mim de te assistir até os últimos dias de sua vida.

A mãe de Jesus me contou esse fato com lágrimas a lhe cair de sua face. Ela sonhou com seu filho e com João ainda quando estava gestante. Imagina que semelhante benção? Por tudo isso, ela sabia da sublime missão que seu filho estava investido. Por prudência me solicitou que não registrasse o sonho nos meus escritos. Disse que foi um presente do Céu para sua alma maternal. No íntimo, ela me segredou que nunca seria uma mãe única e exclusivista. Quando o menininho Jesus lhe apontou outra criança para amar é como se dissesse a ela, carinhosamente:

― Maria, além de mim sempre haverá muitos que necessitarão de seus desvelos maternais. E nunca sentirás desamparada por mim ou pelos seus inúmeros filhos da alma.

Depois do relato do amigo, Paulo tinha os olhos marejados de pranto. E vaticinou:

― Maria de Nazaré, haverá de ser, Lucas, exemplo para todas as mães e mulheres do mundo. Algo, me diz, no fundo da alma, que jamais existirão órfãos na Terra depois que Maria nasceu entre nós.

― Verdade, meu irmão. Encerrou Lucas, reflexivo.

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