Feeds:
Posts
Comentários

Archive for abril \25\-03:00 2020

No livro Nos domínios da mediunidade, no capítulo 13, intitulado Pensamento e mediunidade, André Luiz reproduz uma mensagem ditada por elevada entidade espiritual através da psicofonia da médium Dona Celina.

Dona Celina nos é apresentada pelo autor espiritual como sendo uma “abnegada servidora na construção de valores do espírito”, que “diligente e humilde, encontrou na plantação do amor fraterno a sua maior alegria e, repartindo o tempo entre as obrigações e os estudos edificantes, transformou-se num acumulador espiritual de energias benéficas, assimilando elevadas correntes mentais, com o que se faz menos acessível às forças da sombra”.

Áulus, o instrutor de André Luiz na obra, informa a este e a Hilário que, por meio de Celina, a mensagem seria transmitida, de algum ponto do espaço, através dos fluidos teledinâmicos que ligavam o benfeitor espiritual à mente da médium.

O elevado teor da lição nos convida a conjecturar sobre a sua autoria, pois André Luiz não revela quem é a entidade espiritual que se comunica pela médium.

Considerando o estilo, a forma, o conteúdo e a objetividade na abordagem do tema, somos da opinião de que se trata, a entidade comunicante, do benfeitor Emmanuel.

Várias são as razões que nos conduzem a esse entendimento, a começar pelas lições apresentadas no livro Pensamento e vida, magistral obra de autoria desse excelso instrutor.

Quando examinamos o teor da mensagem colacionada por André Luiz com fulcro no livro Pensamento e vida, julgamos estarmos diante de um capítulo não incorporado à “singela cartilha falada” utilizada por ele – Emmanuel –, nas “escolas de regeneração entre a morte e o nascimento, junto aos companheiros em trânsito para o berço”.

Emmanuel, na obra referenciada, conceituando a mente como “o espelho da vida em toda a parte”, vai grafar, do alto da sua inigualável capacidade de síntese, que “o reflexo esboça a emotividade”, que “a emotividade plasma a ideia” que “a ideia determina a atitude e a palavra que comandam as ações” e que “ninguém pode ultrapassar de improviso os recursos da própria mente”.

Lado outro, na mensagem citada por André Luiz, encontramos a entidade espiritual de escol afirmar com toda a segurança que em matéria de mediunidade não se pode esquecer do pensamento, que “nossa alma vive onde se lhe situa o coração”, que “caminharemos, ao influxo de nossas próprias criações, seja onde for”, que “a gravitação no campo mental é tão incisiva, quanto na esfera da experiência física”, que os “nossos pensamentos geram os nossos atos e nossos atos geram pensamentos nos outros”, que “o amor e sabedoria são as asas com que faremos nosso voo definitivo, no rumo da perfeita comunhão com o Pai Celestial” e, finalizando, que “o pensamento puro e operante é a força que nos arroja do ódio ao amor, da dor à alegria, da Terra ao Céu…”.

O que dizer da significativa expressão utilizada pela entidade comunicante: “a palavra esclarece, o exemplo arrebata”?

Ademais é Emmanuel quem, nos fins de 1942, apresenta André Luiz, o “novo amigo e irmão na eternidade”, ao médium Francisco Cândido Xavier.

Somos da opinião que essa lição, importantíssima para os lidadores das tarefas de intercâmbio mediúnico – e, por extensão, para todos nós! – é de autoria do preclaro instrutor Emmanuel.

Especulações à parte – uma questão periférica, reconhecemos – a aludida mensagem (e os ensinamentos nela contidos), ainda que não da lavra de Emmanuel – o que em nada, absolutamente nada, a deprecia, muito ao contrário – deve ser meditada e bem compreendida, pois, como se observa da lição, o pensamento está na base de toda manifestação humana.

Deixamos, a seguir, o link para leitura integral do aqui citado capítulo 13: Pensamento e Mediunidade.

E, você querido leitor, querida leitora, o que pensa? Trata-se de mais uma lição de Emmanuel?

Por José Márcio de Almeida.

Read Full Post »

Yvonne do Amaral Pereira em seu livro Recordações da Mediunidade apresenta a possibilidade de os fenômenos mediúnicos ocorrerem desde a infância. No caso dela, a partir dos 29 dias de vida, num processo de letargia, quando quase foi enterrada vida, não fora as preces de sua mãe à Maria Santíssima.

A médium interpreta esse acontecimento como um sinal de que ela precisaria passar por provas e testemunhos que a vida lhe exigiria, por ter sido um Espírito rebelde em outra existência.

Ela continua sua interpretação dizendo: “ingressando na vida terrena para uma encarnação expiatória, eu deveria, com efeito, morrer para mim mesma, renunciando ao mundo e às suas atrações, para ressuscitar o meu Espírito, morto no pecado, através do respeito às leis de Deus e do cumprimento do dever, outrora vilipendiado pelo meu livre-arbítrio”.

Em sua primeira infância a autora já apresentava alguns fenômenos mediúnicos, como o desdobramento, que é quando o perispírito se distancia parcialmente do corpo físico. Aos quatro anos de idade já se comunicava com os Espíritos desencarnados, pela visão e audição, sendo para ela um fenômeno natural, porque os Espíritos   lhe pareciam muito concretos, muito vivos.

Esse exemplo real é um ensinamento aos pais para que observem melhor o comportamento dos seus filhos e suas expressões verbais. Não raro se observa crianças na tenra idade comentar sobre avós ou tios desencarnados e serem advertidas pelos genitores quando, na verdade, deveriam ser ouvidas e o caso apreciado com outro olhar.

Para a criança, assim como para Yvonne, o fenômeno é visto com naturalidade, até que um adulto lhe coloque medo e a proíba de falar a respeito desse assunto. Esse tema foi bastante explorado no filme norte americano O Sexto Sentido (Shyamalan, 1999).

Isso não significa que se deva levar uma criança a um centro espírita para desenvolver a sua mediunidade. O próprio Kardec fez essa pergunta aos Espíritos (O Livro dos Médiuns, cap. XVIII): Será inconveniente desenvolver-se a mediunidade nas crianças? A que os Espíritos respondem: certamente, pois há o risco desses organismos ainda delicados sofrerem fortes abalos, além de superexcitar a sua imaginação.

No entanto, Kardec faz uma observação quanto às manifestações espontâneas da mediunidade em crianças. Nesses casos a criança comentaria, sem dar muita importância ao fato e com o passar do tempo acaba se esquecendo.

Se o fenômeno persistir, cabe aos pais ensinar-lhe o respeito aos Espíritos, encaminhá-las para as aulas de Evangelização Infantil que existem, geralmente, nos Centros Espíritas e não forçar jamais o seu desenvolvimento em trabalhos mediúnicos, até que estejam maduras para esse mister.

É bom lembrar que não se deve fantasiar esses fatos com ideias preconceituosas e sem fundamentos. Não classificar essas crianças como anjos, nem tampouco como demônios e nem mesmo como crianças especiais, já que se trata de um fenômeno inerente ao ser humano e não um “dom” ou privilégio. É importante introduzi-las também em O Evangelho no Lar com leituras apropriadas e esclarecedoras.

No caso de Yvonne ela explica da seguinte forma o fenômeno observado por ela na infância: “ao meu entender eram pessoas da família, e por isso, talvez, jamais me surpreendi com a presença deles. Uma dessas personagens era-me particularmente afeiçoada – eu a reconhecia como pai e a proclamava como tal a todos os de casa, com naturalidade”.

Corroborando o que os Espíritos disseram a Kardec sobre o esquecimento do fato, diz Yvonne: “tudo me parecia comum, natural, e, como criança que era, certamente não poderia haver preocupação de reter na lembrança o assunto daquelas conversações”. Ela tinha somente quatro anos de idade.

Aos oito anos, narra a médium, o fenômeno se repetiu. Desprendendo-se parcialmente do corpo físico, recebeu o primeiro aviso para se dedicar à Doutrina do Senhor e do que seria a sua vida de provações.

A pequena Yvonne participava do catecismo na igreja católica, impressionava-se com as imagens existentes na igreja e as pinturas dos vitrais. Sentia-se infeliz por lembrar-se de uma vida passada rica e cheia de atenções e desejos realizados, e agora tendo que viver uma nova vida com parcos recursos materiais, sem condições de atender-lhe as futilidades de outrora.

Foi nessa mesma época, aos oito anos de idade, que teve acesso ao seu primeiro livro espírita. Ela tinha muita fé, esperança e paciência na justiça divina, reforçadas pela Doutrina do Senhor.

Com o conhecimento do Espiritismo e ciente do cultivo dos fenômenos mediúnicos, que Yvonne obteve ajuda para superar as dificuldades que trouxera para essa reencarnação expiatória, como resultado de um passado espiritual desarmonizado com o bem.

Pelo que se pode perceber, Yvonne do Amaral Pereira foi, desde cedo, exemplo de médium que bem soube, de forma obediente e disciplinada, cumprir seu planejamento reencarnatório. Vale a leitura de seus livros como obra doutrinária.

Recordações do passado: um exemplo de mediunidade em criança, por Carlos Gomes (AME-Itajubá).

Referências:

KARDEC, A. O Livro dos Médiuns (Trad. Evandro N. Bezerra). 2. ed. Brasília, DF: FEB, 2013.

PEREIRA, Y. A. Recordações da Mediunidade. 4. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009.

Read Full Post »

Yvonne do Amaral Pereira

Falar sobre mediunidade é um tema que não se esgota e, para isso, nada melhor do que trazer para a discussão a grande médium brasileira Yvonne A. Pereira e seu guia-mor Adolfo Bezerra de Menezes, que, juntos, escreveram o célebre livro: Recordações da Mediunidade.

A médium em questão solicitou autorização da Espiritualidade superior para escrever o livro e foi orientada que escrevesse sobre si mesma e tudo o que passou para ser um obediente instrumento mediúnico; por isso o livro diz respeito às confidências de uma médium ao final de sua jornada.

Recordações da mediunidade traz o amargor das lágrimas que chorou durante suas provações, as humilhações que a acompanharam em toda a sua existência e o quanto a Doutrina Espírita a consolou e remediou, nas palavras da autora.

Em todo o relato de suas experiências a médium procurou embasar-se nos ensinamentos que os Espíritos revelaram a Allan Kardec, pois considerava-se um testemunho vivo do valor do Espiritismo na recuperação de uma alma para si mesma e para Deus, chegando a afirmar que, sem essa Doutrina, que conheceu desde o nascimento, não teria vencido suas lutas.

Sua faculdade mediúnica se desdobrou em todos os setores da prática espírita, suportando dores morais, ininterruptamente renovadas durante o longo exercício da mediunidade.

A médium sofreu um processo de catalepsia ou letargia, melhor dizendo, quando tinha 29 dias de vida, sendo quase enterrada viva, não fossem as preces de sua mãe à Maria, mãe de Jesus. Assim, ela começa a escrever o livro explicando esse processo.

“A letargia e a catalepsia derivam do mesmo princípio, que é a perda temporária da sensibilidade e do movimento, por uma causa fisiológica ainda inexplicada”. (PEREIRA, 2009, p. 12)

Na letargia a suspensão das forças vitais é geral e dá ao corpo a aparência de morte; na catalepsia pode atingir uma parte mais ou menos extensa do corpo.

No livro em questão, Bezerra de Menezes traz uma longa explicação a respeito do processo.

Segundo esse benfeitor, ao se estudar o processo tanto da catalepsia, quanto da letargia, a ciência psíquica e a Doutrina Espírita podem tirar grandes ensinamentos e revelações em torno da alma humana, podendo, inclusive, curá-las ou mesmo evitá-las, embora não seja objeto de estudo das ciências médicas.

Bezerra de Menezes afirma que ambas, catalepsia e letargia, não são doenças, mas uma faculdade mediúnica, ainda incompreendida. E por não serem compreendidas e estudadas é que, comumente, são exploradas pela mistificação e pela obsessão de inimigos invisíveis, degenerando para um estado mórbido do perispírito.

O que ocorre durante o processo é uma neutralidade do fluido vital, resultando no estado de anestesia geral ou parcial, quando a perda da sensibilidade faz com que se apresentem todos os sintomas da morte.

Bezerra chama a atenção para o fato de que, ao ser feito um tratamento psíquico adequado, essa faculdade poderá fornecer aos estudiosos pesquisadores, um vasto campo de elucidação científica-transcendental.

Em relação ao tratamento nas Casas Espíritas, constata-se que o cultivo dessa mediunidade, proporcionando o contacto das correntes vibratórias magnéticas constantes, e o suprimento das forças vitais próprias dos fenômenos mediúnicos mais conhecidos, será possível corrigir esse processo, podendo até, ser orientado para fins dignificantes a bem da evolução do seu possuidor e da coletividade, alertou Dr. Bezerra.

Os passes e a intervenção oculta dos mestres da Espiritualidade, têm evitado que a catalepsia e a letargia se propaguem entre os homens com feição de calamidade. E esse evento não é novo, tendo em vista que no Evangelho é possível identificá-lo na ressurreição de Lázaro (Jo,11:1-44), na filha de Jairo (Mc 5:21-43) e na viúva de Naim (Lc 7:11-17).

O perispírito age como reservatório de forças vitais e os laços magnéticos são os agentes transmissores que suprem a organização física, se esse encontra-se desequilibrado e frágil, mais facilmente o processo cataléptico se instala.

“Enquanto o homem não se integrar de boa mente na sua condição de ser divino, vibrando satisfatoriamente no âmbito das expansões sublimes da Natureza, mecanicamente estará sujeito a esse e a demais distúrbios”. (PEREIRA, 2009, p.17)

A catalepsia e a letargia como faculdades mediúnicas, não têm a ver com a inferioridade do indivíduo que a possui. Sendo assim, as mesmas podem ser direcionadas para prestarem excelentes serviços à causa do bem, tais como as demais faculdades mediúnicas. Porém, tanto nas manifestações úteis, quanto nas prejudiciais, a mente, o pensamento e a vontade do médium não estão isentas de responsabilidade.

Entendendo-se que o transe mediúnico ocorre devido a um afastamento parcial do perispírito do encarnado, é comum acontecer no período de repouso noturno, sem que o médium o perceba. No entanto, existem encarnados que, senhor de suas próprias vibrações, poderá cair em transe letárgico ou cataléptico, voluntariamente, alçar-se ao Espaço e desfrutar do convívio dos amigos espirituais, dedicar-se a estudos profundos, colaborar com o bem e depois voltar ao corpo carnal, reanimado e apto a excelentes realizações.

Outrossim, homens que ainda não atingiram tal mister, podem cair em transe, mas conviver com entidades espirituais inferiores e retornar obsidiados, predispostos a maus atos e até inclinados ao homicídio ou ao suicídio, causando um distúrbio vibratório.

Um alcoólatra, por exemplo, poderá, segundo o autor espiritual, renascer propenso à catalepsia porque o álcool lhe viciou as vibrações, anestesiando-as, o mesmo para usuários de outras drogas, que são considerados suicidas involuntários, do outro lado.

Independente da causa, o tratamento é o mesmo: a renovação mental, a qual pode influir poderosamente no sistema de vibrações nervosas. Entendendo que tudo isso faz parte de uma expiação, sendo um efeito grave, por consequência de uma falta grave.

O fenômeno da letargia tem ação benéfica muito mais no plano espiritual, trazendo o paciente, ao despertar, intuições, instruções para serem aplicadas no plano terreno. São orientações que ocorrem no plano espiritual que conduzem sábios e gênios a concluírem o que foi programado em sua existência, uma pesquisa, um projeto, uma missão, não se tratando de privilégios.

Provoca-se esse fenômeno sob ação magnética, anestesiando as forças vibratórias até ao estado agudo, e anulando os fluidos vitais, daí a morte aparente, por ter suspenso sua sensibilidade e as correntes de comunicação com o corpo carnal.

Mesmo acontecendo de forma espontânea, há um agente espiritual provocando-o, independentemente de sua categoria, se elevada ou inferior, o que seria um processo de obsessão.

Se se tratar de obsessão é necessário evangelizar o paciente, possibilitando sua transformação moral, orientando-o sob as normas espíritas, até florescer nos campos mediúnicos.

É preciso observar, estudar e analisar os fatos espíritas, aprofundando-se em torno dos fenômenos e ensinamentos apresentados pela ciência transcendente, a ciência imortal, que exige verdadeiras atenções do senso e da razão, segundo o venerável Bezerra de Menezes.

Por mais que se leia a respeito, o que realmente se conhece sobre mediunidade são seus efeitos, nada se sabe onde é possível chegar no seu intricado mistério, exigindo constante pesquisa de pessoas sérias e comprometidas com a causa Espírita.

Assim começa a primeira parte desse livro extraordinário “Recordações da Mediunidade”, escrito por uma médium não menos extraordinária, Yvonne do Amaral Pereira. Bem-vindo (a) ao primeiro capítulo. Boa leitura.

A catalepsia e a letargia, sob o olhar de Yvone A. Pereira, por Carlos Gomes (AME-Itajubá).

Referência:

PEREIRA, Y. A. Recordações da Mediunidade. 4. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009.

Read Full Post »

As colônias espirituais

Palestra proferida na reunião pública da Fraternidade Espírita Irmão Glacus (FEIG), de Belo Horizonte (MG), em 20/11/2019.

Click aqui para ouvir o podcast.

Read Full Post »