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Archive for janeiro \27\-03:00 2019

A carta de Tiago

Tiago

O autor desta carta é Tiago (1:1). Dos quatro homens que são nominados Tiago no NT, somente dois podem ser considerados autores desta carta: Tiago, filho de Zebedeu e irmão de João e Tiago, o irmão de Jesus e de Judas. O primeiro foi martirizado muito cedo para tê-la escrito (At 12:2); assim é que a autoria deve ser creditada ao segundo.

Tiago havia rejeitado Jesus como Messias (Jo 7:5), mas depois creu (1Co 15:7) e tornou-se o principal líder na igreja de Jerusalém (At 17:17; 15:13; 21:18; Gl 2:12), sendo chamado de uma das “colunas” dessa igreja, juntamente com Pedro e João (Gl 2:9). Também conhecido como Tiago, o justo, por causa de sua devoção à justiça. Foi martirizado em 62 d.C., segundo Josefo, historiador judeu do século I.

Tiago a escreveu com a autoridade de alguém que havia “visto”, pessoalmente, o Cristo ressurreto (1Co 15:7) e é provável que a tenha escrito aos cristãos dispersos (1:1) em consequência da agitação registrada em Atos 12, por volta de 44 d.C.: o martírio de Estêvão (At 7; 31-34 d.C.) e da perseguição do empreendida por Herodes Agripa I (At 12; aproximadamente em 44 d.C.).

Tiago refere-se aos destinatários de sua carta como “irmãos” por quinze vezes! Tiago também contém mais de quarenta referências ao livro de Atos e mais de vinte ao Sermão da Montanha (Mt 5—7).

Os principais personagens desta carta são os cristãos, ou melhor, os judeus cristãos perseguidos e que se dispersaram por todo o Império Romano (1:1—5:20).

A carta de Tiago tem uma ênfase prática, repleta de afirmações diretas e pungentes sobre o modo de viver sábio e piedoso: é a fé em ação!

As principais doutrinas presentes em Tiago são as obras e a conduta piedosa. A salvação é determinada somente pela fé demonstrada pelas obras; viver com sabedoria por meio da obediência intransigente à “palavra” de Deus. Tiago quer que seus leitores demonstrem em sua vida as qualidades de uma fé viva.

Em Tiago Deus é acessível (4:8), é imutável (1:17), é luz (1:17), é único (2:19-20) e cumpridor de suas promessas (1:12; 2:5).

Tiago se refere explicitamente ao Cristo somente duas vezes (1:1 e 2:1), porém sua epístola está repleta de referências aos ensinamentos de Jesus, especialmente ao Sermão da Montanha. A aplicação da “verdade”, por parte de Tiago, à vida de seus leitores dá aos cristãos um claro entendimento acerca da sabedoria do Mestre.

Duas são as palavras-chave em Tiago: unção (5:14) – naqueles tempos o óleo era utilizado como remédio (Lc 10:30-37), além de simbolizar o Espírito de Deus (1Sm 16:1-13) – e boa dádiva (1:17) o que Deus nos dá é sempre bom e suas dádivas são sempre adequadas.

Tiago escreve sobre a “lei perfeita, que traz a liberdade” (1:25): a verdadeira liberdade não consiste numa licença para fazermos o que queremos, mas na assistência para fazermos aquilo que devemos fazer.

Alguns estudiosos dividem a carta de Tiago ao redor de uma séria de provas mediante as quais a genuinidade da fé pode ser medida, ou seja, em treze partes: a primeira, a prova da perseverança no sofrimento (1:2-12); a segunda, a prova da culpa na tentação (1:13-18); a terceira, a prova da resposta à “palavra” de Deus (1:19-27); a quarta, a prova do amor imparcial (2:1-13); a quinta, a prova das obras justas (2:14-26); a sexta, a prova da língua (3:1-12), a sétima, a prova da sabedoria humilde (3:13-18); a oitava, a prova da indulgência do mundo (4:1-12); a nona,  a prova da dependência (4:13-17); a décima, a prova da paciência que persevera (5:1-11); a décima-primeira, a prova da veracidade (5:12); a décima-segunda, a prova da oração (5:13-18); e, a décima-terceira, a prova da verdadeira fé (5:19-20).

José Márcio de Almeida

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27 de janeiro é o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto.

Reproduzimos, abaixo, para nos remeter às necessárias reflexões em torno deste trágico episódio da história humana, o sensível texto do companheiro da Seara Espírita, Thiago Barbosa, do Centro Espírita Léon Denis, do Rio de Janeiro/RJ.

Berlim… Berlim, onde estão os teus Judeus?

“A estrada para Auschwitz foi construída com ódio, mas pavimentada pela indiferença” (Ian Kershaw).

Berlim… Berlim, onde estão os teus Judeus?

Sarah e Samuel estão com uma estrela amarela no peito

e tem medo de ir ao parque.

Berlim… Berlim, onde estão os teus Judeus?

Sarah e Samuel não estão em casa.

Berlim… Berlim, onde estão os teus Judeus?

Sarah não conta mais histórias de seu povo ao filho

Samuel não houve canções de ninar.

Berlim… Berlim, onde estão os teus Judeus?

Sarah não foi ao trabalho

Samuel não está na escola.

Berlim… Berlim, onde estão os teus Judeus?

Sarah foge por teu nome, Berlim

Samuel geme de dor por sua culpa.

Berlim… Berlim, onde estão os teus Judeus?

Sarah vive como um nômade

Samuel estremece com o teu rugido de ódio.

Berlim… Berlim, onde estão os teus Judeus?

Sarah e Samuel estão em um trem

pedem pão, sentem cede.

O que farão no leste, Berlim?

Berlim… Berlim, onde estão os teus Judeus?

Sarah e Samuel sentem sono

não há como repousar a cabeça

no vagão do desespero que ruma para as terras do pesadelo.

Berlim… Berlim, onde estão os teus Judeus?

Sarah e Samuel desembarcam

na plataforma, homens bestas apontam para chaminé

que cospem cinzas humanas para o céu dia e noite.

Berlim… Berlim, onde estão os teus Judeus?

Sarah e Samuel não tem cabelos

na pele… números da morte

no coração… saudade

nos lábios… silêncio.

Berlim… Berlim, onde estão os teus Judeus?

Sarah abraça Samuel uma última vez.

Dos chuveiros não saem água

Dos chuveiros saem desespero

Dos chuveiros… medo

Dos chuveiros… saudade

Dos chuveiros… silêncio.

Berlim… Berlim

Responda-me:

O mundo entenderá a tragédia do teu ódio?

Aprenderão que vale mais amar?

Entenderão o perigo fascista?

Respeitarão todas as crenças?

Se alegrarão com todas as cores?

Preservarão a democracia?

Não mais queimarão livros, corpos e destruirão as armas?

Que Raquel não chore mais por seus filhos na Ramá moderna da intolerância.

Berlim… Berlim

Onde estão Sarah e Samuel

Onde estão os teus Judeus?

Por Thiago Barbosa, do Centro Espírita Léon Denis (CELD), Rio de Janeiro/RJ.

***

O Holocausto foi o genocídio cometido pelos nazistas e seus adeptos que ceifou a vida de milhões de judeus durante a II Guerra Mundial. Ele foi designado ao dia 27 de janeiro, pela resolução 60/7 da Assembleia Geral das Nações Unidas em 1 de novembro de 2005, durante a sua 42ª sessão plenária.

A resolução veio após a sessão especial realizada em 24 de janeiro de 2005, durante a qual a Assembleia Geral marcou o 60º aniversário da libertação dos campos de concentração e do fim do Holocausto. 27 de janeiro é a data, em 1945, que marca a liberação do maior campo de extermínio nazista, Auschwitz-Birkenau, pelas tropas soviéticas.

José Márcio

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Em 2019 comemora-se 650 anos desde o nascimento de Jan Hus. Escrever a respeito de Hus, no entanto, é uma tarefa difícil, e isso por alguns motivos: primeiro porque carecemos de fontes originais traduzidas em português a respeito do tema, e segundo, porque o perfil de Hus – se descolado da mitologia romântica das encarnações de Allan Kardec – é especialmente árido para nosso Movimento Espírita Brasileiro contemporâneo.

Hus nasceu em julho de 1369, em uma pequena comunidade localizada a aproximadamente 75 km de Praga, na Boêmia. Filho de camponeses, adentrou pelo caminho dos estudos em busca de uma melhor condição de vida, tendo se formado em Teologia, Filosofia e Artes, na Universidade de Praga. No ano de 1400 foi nomeado sacerdote e a partir de 1402 passou a realizar pregações na Igreja de Belém, também em Praga. [1]

Um traço marcante de sua formação intelectual foi a influência de John Wycliffe (1328-1384), considerado precursor das reformas religiosas que aconteceriam na Europa nos séculos XV e XVI. Wycliffe foi um sacerdote que trabalhou na primeira tradução da bíblia para o inglês e era conhecido por sua firmeza ao defender a incompatibilidade entre comportamentos eclesiásticos de seu tempo e os ensinos contidos nos Evangelhos. Segundo seu pensamento, a Igreja possuía muitas posses e poder, negligenciando os assuntos espirituais para se ocupar de eventos mundanos. Após sua morte, em 1415, foi ordenado que seus restos mortais fossem exumados, queimados e jogados sobre o rio Swift como forma de reforçar a perseguição eclesiástica ao teólogo reformista.

Baseando-se em Wycliffe, Hus seguiu um caminho bastante semelhante ao dele, não oferecendo reconhecimento à autoridade papal, considerava apenas Jesus como verdadeiro superior à Igreja, bem como os Evangelhos como única lei aos fiéis. Aos poucos suas divergências com o clero se tornaram tão claras que, em 1410, ele foi excomungado, o que gerou entre seus compatriotas uma grande festa que o elevava como herói nacional na luta contra o tráfico das indulgências e a política imperialista e dominadora que era adotada pela Igreja Católica. No ano de 1414 ele foi convocado a se apresentar junto ao Concílio de Constança (Alemanha) tendo sido preso e condenado à morte pela fogueira, o que enfrentou com dignidade, coragem e fé.

As sementes reformistas plantadas por Wycliffe e alimentadas pela postura de Hus foram muito importantes para o amadurecimento de uma crítica à função política da instituição Igreja, bem como para reflexões a respeito dos fundamentos dos ensinos de Jesus que deveriam se assentar sobre as bases da simplicidade, permitindo assim amplo acesso de todas as pessoas à verdade espiritual, sem intermediação de sacerdotes ou sacramentos. Martinho Lutero (1483-1546) juntamente com outros reformadores iniciaram movimentos semelhantes ao de Wycliffe-Hus no século seguinte, o que permitiu a realização do que a História registra como Reforma Protestante.

A admiração de Allan Kardec pelo mártir da Boemia é grande, e isso se pode notar pela mensagem ditada por ele na edição de setembro de 1869 a respeito das comemorações de 500 do nascimento de Hus:

“Analisando através das eras a história da Humanidade, o filósofo e o pensador logo reconhecem, na origem e no desenvolvimento das civilizações, uma gradação insensível e contínua. De um conjunto homogêneo e bárbaro surge, em primeiro lugar, uma inteligência isolada, desconhecida e perseguida, mas que, não obstante, faz época e serve de baliza, de ponto de referência para o futuro. A tribo, ou se quiserdes, a nação, o Universo avançam em idade e as balizas se multiplicam, semeando aqui e ali os princípios de verdade e de justiça que serão a partilha das gerações que chegam. Essas balizas esparsas são os precursores; eles semeiam uma ideia, desenvolvem-na durante sua vida terrena, vigiam-na e a protegem no estado de Espírito, e voltam periodicamente através dos séculos para trazerem seu concurso e sua atividade ao seu desenvolvimento.”

Além de Kardec, também Léon Denis faz menções a Jan Hus e algumas de suas obras [2], sempre destacando o caráter exemplar de sua conduta, que repercutiu pelos séculos como modelo de firmeza moral diante de excessos religiosos. Mas o que especificamente teria a vida e a morte de Jan Hus a nos dizer hoje?

Penso de modo objetivo que a herança Hussista não seria outra senão o valor da contestação e da resistência íntegra diante dos abusos no campo da fé. Hus nos ensina sobre a necessidade de buscar a conexão com os ensinos espirituais a partir do coração e da mente, nunca seguindo rastros de formalismo externos. Aqui reside o tesouro mais precioso de seu testemunho, como também o de quase todos os heróis da virtude que nosso Ocidente conheceu e rechaçou.

Vejamos alguns aspectos do pensamento Hussista em transporte para a contemporaneidade. Gostaria de me ater a três tópicos, que, obviamente, pelo espaço que dispomos neste artigo, serão abordados de maneira superficial. São eles o valor da pobreza/ simplicidade em oposição à ostentação; o rigorismo diante do acesso à informação/“formação” e a burocracia na condução da comunidade de prática espirituais.

Já o primeiro tópico seria fatal para boa parte de nosso movimento espírita: a simplicidade. Jan Hus – assim como Wycliffe e Lutero – foi crítico severo da discrepância entre os ensinamentos de Jesus e a rotina da Igreja. Como podemos conciliar templos suntuosos, eventos caríssimos, máfias [3] livreiras em busca de recursos, palestrantes exigentes ao extremo com suas necessidades, ou federativas faraônicas e distantes da realidade das casas espíritas com os ensinamentos daquele homem que “não tinha sequer um lugar para repousar a cabeça [4]” e ensinava andando pelas cidades cercado de pessoas socialmente proscritas? Não é possível a conciliação, eis a questão!

Alguns companheiros poderão responder com recursos demagógicos como: “mas nós precisamos oferecer conforto aos participantes e frequentadores de eventos”, ou “é melhor quando recebemos palestrantes que vendem seus livros porque isso nos poupa gastos”, ou “mas os ricos e poderosos também precisam de atendimento” ou ainda, “organizando atividades grandiosas poderemos manter as tarefas sociais na instituição espírita e, neste contexto, os fins justificam os meios.” Infelizmente não é assim que acontece. O Espiritismo é uma ciência da mente e tem como função mais importante a capacidade de modificar nossa visão de mundo para percebermos a realidade material como transitória; uma ferramenta para superar vícios morais como orgulho, raiva, ignorância, apego ou inveja. Como apagar um incêndio se o alimentamos com todo tipo de combustível?

O argumento da massificação da doutrina é muito utilizado, sem que percebamos que, ao distribuir para as pessoas uma filosofia espírita misturada com alucinações e devaneios esdrúxulos estamos fazendo um desserviço para a doutrina e outro para a pessoa – vide casos como o de João de Deus, o de Otília Diogo, o de Maury Rodrigues da Cruz entre outros ainda não descobertos pela imprensa. Ninguém negará que remédios sejam úteis ao tratamento de doenças, desde que corretamente selecionados e ministrados com disciplina. Como podemos falar de valores morais como antídoto ao sofrimento em meio a “camarins” para palestrantes e identificações em telas de transmissão pela internet do tipo “fulano de tal – médium”?

Passando para o rigorismo e para a burocracia, que Hus combateu firmemente ao propor um cristianismo mais próximo das pessoas através do que chamava de “sacerdócio universal dos crentes” – ou seja, a crença de que qualquer fiel poderia se comunicar com Deus sem a intercessão de sacerdotes ou sacramentos – nos deparamos com outros desafios. Vem crescendo o número de casas espíritas extremamente engessadas em seu padrão de funcionamento, munidas com cartões de ponto, leitura biométrica ou outras coisas que compõem um conjunto de parafernálias modernas utilizadas para controlar seus frequentadores, enquanto estes percorrem o longo caminho de um currículo espírita com duração de anos – em alguns lugares mais de uma década – entre a adesão à instituição e a efetiva “liberação” para participar de trabalhos nas diversas áreas da casa, sendo o topo da escala sempre o departamento da mediunidade. Não é de se estranhar que, de modo geral, as instituições estejam perdendo seus jovens. Tudo isso leva tempo e burocracia demais, e o pior, são um mapa escrito de modo burocrático por pessoas de realidades diferentes daquela em que estão sendo seguidos. Falta lucidez ao processo.

Não faço aqui apologia ao despreparo – Hus não faria –, da mesma maneira que também não acredito que exercícios ascéticos estranhos seriam melhor do que toda essa “graduação” em Espiritismo. É preciso estudo e compreensão, mas tudo isso ladeado pela coerência e pela lógica.

Cada célula espírita possui o desafio de se construir sobre experiências reais de disciplinas físicas e morais para, em seguida, adaptar suas atividades à realidade particular do meio em que está inserida. Não são as federativas estaduais que devem definir como e quais estudos são melhores para uma casa espírita, nem mesmo a FEB tem condição de fazê-lo de modo absoluto. Sugestões, apoio e direcionamento, isso sim, cabe a nossos órgãos unificadores oferecer ao movimento. Agindo ao contrário vemos se construir o câncer que assola hoje o Espiritismo brasileiro: donos da doutrina, agressores contumazes dos grupos que não rezam em suas cartilhas e médiuns perturbados assinando literatura de mau gosto como se fossem verdades elevadas. E o resultado disso? Descrédito para o Espiritismo.

Me pergunto então, onde anda a coragem de romper com o círculo vicioso? De dizer não aos modismos tão travestidos de sabedoria inofensiva? De testemunhar a fidelidade ao pensamento de Jesus e de Allan Kardec sem a preocupação com as fogueiras ociosas de companheiros de movimento que lidam com o Espiritismo como se fosse uma copa de futebol? Eis aí o valor exemplar de Jan Hus, a coragem de assumir que o Espiritismo não é doutrina de massas, de reconhecer que conhecimento com arrogância é como veneno misturado no leite e de aceitar o compromisso modesto de viver a filosofia dos espíritos conquistando discernimento e paz capazes de se espalharem em nosso derredor.

O mundo em que vivemos ainda é lugar de provas e expiações e, com sinceridade, pode ser que jamais deixemos essa condição se não houver uma real guinada na direção do que importa verdadeiramente. Pessoas padecem a cada dia porque perderam o sentido existencial. Longe dos locais santificados do templo, nas ruas, nos metrôs, em escolas, supermercados, casas de família, bares ou bordéis há muita gente em sofrimento e é para elas que o Espiritismo existe, foi para elas que Jesus dedicou sua senda. Se nossa prática espírita acontece apenas entre as paredes do templo, com dia e hora marcada, debruçada sobre regras excessivas e que não estão presentes nos ensinamentos de Jesus, lembremo-nos de Jan Hus. O testemunho da humanidade nos convoca à coragem de servir, mesmo que com isso sejamos entregues às fogueiras modernas de nosso tempo.

Por Vinícius Lara da Costa, Rede Amigo Espírita (RAE).

Referências:

[1] A maioria das informações biográficas coletadas sobre Jan Hus apresentadas neste artigo foram colhidas de outros textos disponíveis na internet. Destaco, entre eles, o artigo de Enrique Eliseo Baldovino, publicado na Revista “O Reformador” e disponível no endereço: http://www.souleitorespirita.com.br.

[2] Entre elas podemos citar “No invisível’, “Cristianismo e Espiritismo” e “O Problema do Ser, do Destino e da Dor.”

[3] O Dicionário Michaelis da língua Portuguesa apresenta a seguinte definição de máfia: Organização criminosa originada na Sicília controladora de atividade ilícita; Qualquer grupo de inescrupulosos que se associam para praticar crime organizado. Creio que aqui nos interesse especialmente a segunda definição.

[4] Mt 8:20.

Fonte: http://www.redeamigoespirita.com.br.

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Chico Xavier

Ação foi ajuizada pela viúva do escritor Humberto de Campos, em 1944.

O fenômeno da psicografia ainda é um mistério a ser explicado [1], e quando passa a ser fonte de provas nos tribunais, deixa de ser apenas uma discussão de convicções pessoais, que envolvem questões filosóficas e religiosas, para se tornar algo que pode interferir no destino de decisões no Judiciário.

Um dos casos mais famosos aconteceu há 75 anos: o escritor Humberto de Campos, desencarnado em 1934, iniciou em 1937, através da mediunidade de Chico Xavier, a emissão de diversas crônicas e reportagens, editadas e publicadas pela Federação Espírita Brasileira – FEB, sendo o livro “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, publicado em 1938, um dos mais notáveis.

Em 1944, a viúva de Humberto de Campos, Catharina Vergolino de Campos, ajuizou uma ação declaratória contra a FEB e Chico Xavier, com objetivo de esclarecer se as obras eram de fato ditadas pelo seu falecido marido e, caso comprovada a autoria, reclamava os direitos autorais dos livros.

O assunto gerou grande polêmica e repercutiu durante dias nos principais periódicos do país e se transformou em livro escrito pelo advogado Miguel Timponi, que atuou na defesa da FEB e de Chico Xavier.

Intitulado “A Psicografia ante os Tribunais”, Timponi relata todo o processo até a decisão final da justiça que reconheceu que, para fins legais, os direitos autorais não poderiam ser atribuídos a um espírito desencarnado.

O juiz do caso, Dr. João Frederico Mourão Russell, julgou a autora carecedora da ação estabelecendo em sua sentença que:

“Ora, nos termos do art. 10 do Código Civil ‘a existência da pessoa natural termina com a morte’; por conseguinte, com a morte se extinguem todos os direitos e, bem assim, a capacidade jurídica de os adquirir. No nosso direito é absoluta o alcance da máxima mors omnia solvit. Assim, o grande escritor Humberto de Campos, depois de sua morte, não poderia ter adquirido direito de espécie alguma e, consequentemente, nenhum direito autoral poderá da pessoa dele ser transmitido para seus herdeiros e sucessores.”

Ainda na sentença, Russell aponta a competência do Poder Judiciário sobre o assunto:

“Do exposto se conclui que, no caso vertente, não há nenhum interesse legítimo que dê lugar à ação proposta. Além disso, a ora intentada (ação declaratória) não tem por fim a simples declaração de existência ou inexistência de uma relação jurídica […], e sim a declaração de existência ou não de um fato. […] Assim formulada, a inicial constitui mera consulta; não contém nenhum pedido positivo, certo e determinado, sobre o qual a Justiça se deva manifestar. O Poder Judiciário não é órgão de consulta.”

A viúva levou o processo ao Tribunal de Apelação do Distrito Federal onde o relator, Álvaro Moutinho Ribeiro da Costa, indeferiu o provimento ao recurso, confirmando a sentença. Ao analisar o caso, Rodrigo Kaufmann, em “Memória Jurisprudencial”, acredita que entre os vários casos no qual atuou o ministro Ribeiro da Costa, nenhum ganhou tanto destaque quanto o processo de Humberto de Campos.

Em entrevista ao jornal O Globo em 19 de julho de 1944, a mãe do escritor, D. Ana de Campos Veras, afirmou que enxergava semelhança de estilo entre as obras e as psicografias:

Edição do Jornal O Globo, de 19/07/1944

“Não conheço nenhuma explicação científica para esclarecer esse mistério (…) Só um homem muito inteligente, muito culto e de fino talento literário poderia ter escrito essa produção, tão identificada com a de meu filho “, explicou.

Ainda sobre D. Ana de Campos Veras, há interessante passagem, quando rompeu o silêncio e ofertou ao médium de Pedro Leopoldo a fotografia do seu próprio filho, com expressiva dedicatória:

“Ao Prezado Sr. Francisco Xavier, dedicado intérprete espiritual do meu saudoso Humberto, ofereço com muito afeto esta fotografia, como prova de amizade e gratidão.”

Clímax

Na noite de 15 de julho de 1944, quando o processo atingia o clímax, o espírito de Humberto de Campos mais uma vez se manifesta pelo lápis de Chico Xavier que, em estilo inconfundível, dita uma emocionante  mensagem, que pode ser apreciada no livro “A Psicografia ante os Tribunais”, sobre a incompreensão humana.

Deste dia em diante, o espírito de Humberto de Campos passou a assinar como “Irmão X”, versão evangelizada do Conselheiro XX, como era conhecido nos meios literários.

Contra provas psicografadas

Em 2007, visando desconsiderar como documento probatório os textos psicografados no âmbito do processo penal, o deputado Robson Lemos Rodovalho (DEM-DF) propôs o PL 1705 que visa a alteração do art. 232 do Código de Processo Penal, no qual são considerados documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou particulares. A alteração propunha que seja incluído no texto a exceção de documentos resultantes da psicografia.

Na justificação do projeto, o deputado questionava a veracidade de algo ditado por alguém após a morte, afirmando que isso que trata de questões de fé e que não deveria fazer parte de questões jurídicas.

O projeto, no entanto, apesar de ter sido aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça, foi arquivado em 2011.

Referências:

TIMPONI, Miguel. A psicografia ante os Tribunais: O caso Humberto de Campos. 7. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2010.

KAUFMANN, Rodrigo de Oliveira. Memória jurisprudencial: Ministro Ribeiro da Costa. Brasília: Supremo Tribunal Federal, 2012.

Fonte:  https://www.migalhas.com.br.

[1] Nota do editor: o artigo acima foi extraído de um site não Espírita (Jurídico). Nós, Espíritas, compreendemos bem o que seja a Psicografia. Para maiores detalhes remetemos o(a) leitor(a) ao capítulo XIII, 2ª parte, de “O Livro dos Médiuns” (Psicografia), de Allan Kardec. Desejamos, ao reproduzir este artigo, demonstrar, primeiro, que o debate em torno da Psicografia, há muito, permeia o ambiente jurídico pátrio e, segundo, lembrar aos Espíritas o fato que marcou a história do Espiritismo no Brasil.

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Grupo de Teatro Renascer (cena da peça “Aconteceu na Casa Espírita”)

Inúmeras mensagens mediúnicas têm alertado aos Espíritas em geral quanto à vigilância e oração para se evitar o “ataque das trevas” e a dissolução da equipe de trabalho em qualquer Casa que se pretenda mourejar no bem de todos e manter a luz na Terra.

Orientações essas que vêm ao encontro da advertência de Jesus (Mt, 26:41) “vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito {está} pronto, mas a carne (é/está) fraca”.

O livro Aconteceu na Casa Espírita ditado pelo Espírito Nora e psicografado pelo médium Emanuel Cristiano da cidade de Campinas traz, em seu prefácio, uma mensagem do Espírito Wilson F. de Mello alertando os espíritas quanto à necessidade e responsabilidade no serviço que abraçaram.

Segundo esse Espírito “almas enfermas podem tentar contra a obra do Senhor, aproveitando as fraquezas humanas, no entanto, miríades de benfeitores espirituais, arautos do céu, apoiam, protegem e incentivam todo aquele que deseja cooperar de maneira honesta e verdadeira, com aprendizado e testemunho”.

Wilson F. Mello pelas mãos de Cristiano alerta ainda que o que quer que venha a acontecer no Centro Espírita será sempre de inteira responsabilidade do trabalhador, independente do serviço que execute. O autor alerta ainda para as “brechas” que são abertas na Casa Espírita advindas do orgulho, da vaidade, da língua ferina e da intolerância.

Pede-se, principalmente ao médium, especial vigilância quanto à ansiedade de ver as páginas psicografadas por ele, publicadas ao público. Tomar cuidado com os elogios gratuitos, pois são graves obstáculos à mediunidade. A obra é sempre do Criador e sua proposta é com a simplicidade e a humildade.

Manoel Philomeno de Miranda pelas mãos abençoadas de Divaldo P. Franco traz à lume em 2015 o livro Perturbações Espirituais, também tratando sobre o mesmo tema: orientação aos trabalhadores da Seara Espírita quanto a essa fase de transição planetária.

O autor no prefácio do referido livro apresenta-o como um relato do intercâmbio entre as duas esferas da vida, abordando os desafios modernos em forma de obsessões coletivas e individuais, especialmente nas Instituições Espíritas sérias e dedicadas à renovação da sociedade e a todo grupamento humano dedicado ao progresso e à felicidade das criaturas.

Sendo assim, o momento atual exige cautela, união dos trabalhadores do Movimento Espírita, unificação das ideias genuinamente espíritas, pautando-se em Kardec e suas obras, que trazem a mensagem de Jesus aliada à razão e com proposta filosófica de vida.

O próprio Kardec em O Livro dos Médiuns apresenta uma mensagem de São Vicente de Paulo no capítulo 31, que diz:

O Espiritismo deveria ser um escudo contra o espírito de discórdia e de dissensão. Mas esse espírito, desde todos os tempos, vem brandindo o seu facho sobre os humanos, porque tem inveja da felicidade que a paz e a união proporcionam. Espíritas! Ele pode penetrar nas vossas assembleias e, não duvideis, procurará semear entre vós o desamor, embora seja impotente contra os que tenham a animá-los o sentimento da verdadeira caridade. Acautelai-vos e vigiai incessantemente à porta do vosso coração, como à das vossas reuniões, para que o inimigo não penetre. Se os vossos esforços forem inúteis contra o inimigo de fora, sempre dependerá de vós impedir-lhe o acesso em vossa alma. Se houver dissensões entre vós, só por Espíritos maus poderão ser suscitadas.

Mostrem-se, por conseguinte, mais pacientes, mais dignos e mais conciliadores aqueles que se achem penetrados, no mais alto grau, dos sentimentos dos deveres que a urbanidade lhes impõe, tanto quanto o verdadeiro Espiritismo. (São Vicente de Paulo).

Ainda é Kardec quem revela na introdução de O Livro dos Espíritos que os Espíritos estão por toda a parte no espaço e ano nosso lado, atuam sobre a matéria e sobre o pensamento, sendo constantes as relações deles com os encarnados. “Os bons Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os maus nos impelem para o mal”.

Que as leituras edificantes, o estudo constante e a ação no bem, escolhidas por todos a partir do livre-arbítrio, sejam os escudos necessários para não se sucumbir em tempos de transição planetária.

Por Carlos Gomes, da AME Itajubá/MG.

Referências:

CRISTIANO, Emanuel (Nora–Espírito). Aconteceu na Casa Espírita Campinas, SP: CEAK, 2001.

FRANCO, Divaldo (Manoel P. de Miranda–Espírito). Perturbações Espirituais. Salvador, BA: LEAL, 2015.

KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução de Evandro Noleto Bezerra 2. ed. Brasília, DF: FEB, 2013.

__________. O Livro dos Espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro 93. ed. (edição histórica) Brasília, DF: FEB, 2013.

O Novo Testamento. Tradução de Haroldo Dutra Dias, FEB, 2013.

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Espaço, tempo, vida…

Pelo Calendário Gregoriano que adotamos, estamos adentrando em 2019 muito embora uma pesquisa histórica indique que, na realidade, iremos ingressar o ano novo de 2025 ou 2026. Mais recentemente, abordando o assunto, no seu livro “A Infância de Jesus”, o papa Bento XVI diz que Maria deu a luz entre 7 e 6 a.C. Seja um ou outro, o fato é que neste 1º de janeiro iniciamos mais uma jornada ao redor do Sol. Nesses 365 dias, nosso planeta irá percorrer 942,4 milhões de quilômetros algo que, em linha reta, nos levaria além do planeta Júpiter. Isso permite algumas reflexões sobre espaço, tempo e vida.

No mundo atual, como estranhos em seu próprio habitat, multidões não se interessam em saber afinal o que são, onde estão, para onde vão e seu destino final. A maioria vive porque respiram e se contentam com o preconizado pelas religiões, sem questionar o que lhe é imposto pelos livros sagrados. Advindo qualquer infortúnio, é a vontade de Deus.  É mais cômodo viver assim. Infelizmente não se dão conta que estão entorpecidos pelo sistema que as transforma em máquinas de consumismo como símbolo da felicidade. Um sistema inserido na sociedade que as utiliza e descarta como objetos. Seu dia-a-dia é preenchido pela chupeta eletrônica e por infindáveis conquistas tecnológicas que, todavia a prende a um emaranhado de dúvidas sobre sua própria existência. O ser humano tão complexo é desconhecido por ele próprio, vive a Era Espacial de grandes realizações científicas mas ainda não aprendeu a encontrar a grandeza de sua pequenez e da sua estupidez.

Continuamos a ser um enigma, uma gota num oceano de incertezas que por um instante aparece e dissipa como bolhas de sabão que as crianças fazem flutuar no ar. Poucos são cônscios de que a sabedoria do ser humano não está no quanto ele sabe, mas no quanto ele tem consciência de que não sabe. É preciso, portanto ter humildade para compreender o mundo insondável da psique humana; que somos ínfima partícula na vastidão cósmica e que o universo estará ignorando quando o Sol, nosso habitat e os demais planetas um dia desaparecer sem testemunha do último gemido. Pura ilusão é, pois achar que somos o ápice da civilização. Os egípcios, os romanos, só para ficar nesses dois exemplos, cultuavam o mesmo pensamento. O que sobrou dessas civilizações? Ruínas, pedras e pó. No universo, nascimento e morte estão sempre de mãos dadas. Quando nascemos estamos programados para morrer. Tudo que é belo um dia morre. Não sentimos o perfume das flores que já morreram. Vivemos de anseios, de aspirações, de sonhos, de idéias e sentimentos.

Somos apenas uma espécie transitória, viajantes em uma jornada cósmica, dentro de uma cápsula do tempo, girando e dançando nos torvelinhos e redemoinhos de um universo infinito. O céu nos envolve por todos os lados e a luz de miríades de estrelas que contemplamos, é um monumental concerto cósmico que aconteceu há dezenas, milhares ou milhões de anos. A observação do céu é, por conseguinte, uma experiência de transformação e ampliação da consciência, uma grande elevação espiritual que proporciona uma imensa satisfação íntima e nos ensina que na história da Criação, cem milhões de anos passam como um dia; apagam-se e dissipam-se como fugitivo sonho no seio da eternidade que tudo absorve. Mais do que uma mera propriedade lógica de certos enunciados, o conhecimento do cosmos é um poema da vida, um poder espiritual que aprofunda e transforma a visão de nós mesmos. Através da lei universal de ação e reação, causa e efeito, há o equilíbrio do Universo.

Nesse raciocínio e contemplação retrospectiva, surge uma inevitável questão de cunho filosófico: qual é o destino final de todos os seres inteligentes que existiram, existem e vão existir nesse planeta? Somos apenas um cérebro sofisticado que tomba numa sepultura para não ser mais nada? Apenas feitos do pó das estrelas?  Nada sobrevive além disso? Tema de uma milenar discussão, não cabe nesse artigo enveredar por essa questão pois somos engrenagens microscópicas de um mecanismo desconhecido.

Por Nelson Travnik. O autor é astrônomo e membro titular da Sociedade Astronômica da França.

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O DDE está de roupa nova!

2019 chegou! Chegou trazendo consigo as vibrações de milhões de Espíritos, encarnados e desencarnados, para que a paz, o respeito, a fraternidade e o amor, tão bem exemplificados pelo Mestre Maior, sejam a tônica nas relações humanas e no modo como deveremos nos relacionar com os nossos irmãos menores e com o nosso planeta-escola.

A Doutrina Espírita, em sua feição do Consolador Prometido por Jesus, se expande, faz morada e ilumina corações e mentes!

Nosso objetivo ao editar o DDE, desde o início (dezembro 2012), foi o de, efetivamente, divulgar a Doutrina Espírita e a mensagem Crística na pureza em que ambas nos foram legadas. As mensagens de carinho, apoio e encorajamento que temos recebido sinalizam que estamos no bom caminho! O blog cresceu e tem sido acessado, a cada dia, por um número maior de internautas interessados em travar contato com as verdades consoladoras.

Ao longo destes anos aprendemos muito e, atendendo às sugestões dos(as) nossos(as) leitores(as), publicamos, sem fugir do propósito original, textos e mensagens sobre os mais variados assuntos. Certamente, a principal novidade foi o caderno esperanto. Nesta coluna publicamos os textos produzidos pelo Professor José Passini, de Juiz de Fora/MG. Além desta, estabelecemos outras parcerias muito profícuas como as que firmamos com a equipe da Revista O Fóton da Associação Física e Espiritismo da Cidade do Rio de Janeiro/RJ, na pessoa de seu editor, o confrade Elton Rodrigues e com o Professor Nelson Travnik, de Campinas/SP, que nos brindou com artigos muitíssimo interessantes sobre Astronomia e Espiritismo.

A todos eles, os nossos sinceros agradecimentos.

Em 2018 ultrapassamos a expressiva marca de 100.000 acessos (encerramos o ano com mais de 182.000) – em 2018: contabilizamos 100.019 acessos.

Em todo o período (dezembro 2012-dezembro 2018), o DDE foi acessado por leitores de 78 países, além do Brasil – em 2018 confrades de 15 países acessaram pela primeira vez o blog: Cingapura, Finlândia, Porto Rico, Taiwan, Timor-Leste, Eslovênia, Hungria, Romênia, Albânia, Botsuana, Guiné-Bissau, Marrocos, Paquistão, Senegal e Turquia. O tradutor disponível foi um recurso que o leitor de língua não portuguesa pode, eventualmente, contar.

Nesse clima de mudanças e expectativas, repaginamos o blog, modernizando o seu formato, tema e cores. Sim, o Divulgando a Doutrina Espírita está de “roupa nova”.

Dentre as mudanças, destacamos a nova faixa tema que reproduz o selo (dos Correios) comemorativo dos 100 anos do desencarne de Allan Kardec (1869-1969) que por sua vez traz a efígie do Codificador e do seu túmulo no Cemitério do Pére-Lachaise, em Paris.

O título do blog voltou a figurar no alto da página e trazendo a emblemática frase de Allan Kardec: Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre. Tal é a lei.

A cor verde, do fundo e dos cabeçalhos (títulos dos posts), quer simbolizar a esperança, a liberdade, a saúde e a vitalidade.

As novas fontes adotadas são muli para os cabeçalhos e merriweather sans para os textos. Incluímos, também, o ícone de identificação do blog (foto de Allan Kardec) que aparecerá nas barras de favoritos e nos navegadores.

Em postagens populares o leitor encontrará os posts mais acessados no dia; em postagens recentes, a lista com as dez últimas publicações e a data em que o foram; cadernos agrupa os posts por temas e facilita a busca – aliás, as pesquisas também poderão ser realizadas em pesquisar no blog; em arquivos, por mês e ano, todas as publicações podem ser localizadas; por fim, no último ícone, clicando na imagem, o leitor poderá acompanhar o nosso trabalho de divulgação doutrinária in loco, por meio das palestras que temos tido a oportunidade de proferir. Todos os widgets estão posicionados à direita da página.

Esperamos que as mudanças agradem e tornem a leitura mais prazerosa e interativa.

Se você, amigo(a) leitor(a), gostou das mudanças e aprova o conteúdo do blog, solicitamos a caridade de nos ajudar a divulgar a Doutrina Espírita indicando-o para os seus contatos e nos seguindo – para receber notificações das novas postagens por e-mail basta digitar o seu endereço eletrônico no campo superior direito da página (seguir o blog).

Agradecido a todos(as), renovamos nossos votos de muita luz, paz e harmonia: feliz e laborioso 2019!

Jesus conosco!

José Márcio

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Palestras 2019

JANEIRO

  • Construindo a paz

06/01/2019, domingo, 9h

Centro Espírita Oriente (Grupo Scheilla)

Rua Aquiles Lobo, 52, Floresta, Belo Horizonte/MG

  • Bom ânimo

08/01/2019, terça-feira, 20h

Centro Espírita Oriente (Grupo Scheilla)

Rua Aquiles Lobo, 52, Floresta, Belo Horizonte/MG

  • O Encontro de Bartimeu com Jesus

10/01/2019, quinta-feira, 20h

Fraternidade Espírita Augusto César Neto

Rua João Lírio dos Santos, 183, São João Batista, Belo Horizonte/MG

  • Família: laços espirituais

17/01/2019, quinta-feira, 20h

Grupo Espírita Francisco de Assis

Rua Aiuruoca, 63, Novo Riacho, Contagem/MG

FEVEREIRO

  • Construindo a paz

16/02/2019, sábado, 19h

Sociedade Espírita Francisco de Assis

Rua Tupis,  445, Dom Bosco, Oliveira/MG

  • Não se pode servir a Deus e a mamom

24/02/2019, domingo, 19h30

Fraternidade Espírita Irmão Garcez

Rua Walter Diegues Peres, 68, Ingá, Betim/MG

  • Berço

27/02/2019, quarta-feira, 20h

Grupo Espírita Francisca de Paula de Jesus (Herdeiros de Jesus)

Rua Sete Lagoas, 274, Bonfim, Belo Horizonte/MG

  • Jesus no calvário

28/02/2019, quinta-feira, 19h30

Centro Espírita Oriente (Grupo Scheilla)

Rua Aquiles Lobo, 52, Floresta, Belo Horizonte/MG

MARÇO

  • Faculdades morais e intelectuais do homem

09/03/2019, sábado, 10h

Centro Espírita Léon Denis

Rua Abílio dos Santos, 137, Bento Ribeiro, Rio de Janeiro/RJ

  • Anunciando o Evangelho

09/03/2019, sábado, 11h30

Café Literário CELD

Centro Espírita Léon Denis

Rua Abílio dos Santos, 137, Bento Ribeiro, Rio de Janeiro/RJ

  • O encontro de Bartimeu com Jesus

09/03/2019, sábado, 17h

Centro Espírita Maria Angélica

Rua Odilon Duarte Braga, 240, Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro/RJ

  • Oficina do Estudo Minucioso do Evangelho (EMEJ)

10/03/2019, domingo, 10h

Sociedade Espírita Sorella

Rua das Azaléas, 426, Vila Valqueire, Rio de Janeiro/RJ

  • Remendo novo em roupa velha

18/03/2019, segunda-feira, 20h

Fraternidade Espírita Irmão Glacus

Rua Henrique Gorceix, 30, Padre Eustáquio, Belo Horizonte/MG

  • Os atos dos apóstolos e suas epístolas

24/03/2019, domingo, 17h30

Centro Espírita Oriente (Grupo Scheilla)

Rua Aquiles Lobo, 52, Floresta, Belo Horizonte/MG

  • Família

27/03/2019, quarta-feira, 20h

Grupo Espírita Francisca de Paula de Jesus (Herdeiros de Jesus)

Rua Sete Lagoas, 274, Bonfim, Belo Horizonte/MG

ABRIL

  • Lei de justiça, de amor e de caridade

02/04/2019, terça-feira, 20h

Fraternidade Espírita Lázaro

Rua Urutu, 130, Fernão Dias, Belo Horizonte/MG

  • A carne é fraca

07/04/2019, domingo, 8h

Centro Espírita Campos Vergal

Rua Allan Kardec, 60, Colônia Santa Izabel/Citrolândia, Betim/MG

  • Casa espírita: oficina de trabalho

10/04/2019, quarta-feira, 19h30

Fundação Espírita Irmão Glacus

Av. das Américas, 777, Kennedy, Contagem/MG

  • A casa mental

13/04/2019, sábado, 19h

Fraternidade Espírita Augusto César Neto

Rua João Lírio dos Santos, 183, São João Batista, Belo Horizonte/MG

  • O livro dos espíritos

18/04/2018, quinta-feira, 20h

Grupo Espírita Francisco de Assis

Rua Aiuruoca, 63, Novo Riacho, Contagem/MG

  • Filhos

24/04/2019, quarta-feira, 20h

Grupo Espírita Francisca de Paula de Jesus (Herdeiros de Jesus)

Rua Sete Lagoas, 274, Bonfim, Belo Horizonte/MG

  • Lei de destruição

28/04/2019, domingo, 19h

Grupo Espírita de Fraternidade Albino Teixeira

Rua dos Aeroviários, 154, Liberdade, Belo Horizonte/MG

MAIO

  • O encontro de Bartimeu com Jesus

02/05/2019, quinta-feira, 20h

Fraternidade Espírita Abel Gomes

Rua Iporanga, 573, 2º Andar, Vila Pérola, Contagem/MG

  • Curso “O passe espírita”

05/05/2019, domingo, 8h30 às 12h30

Centro Espírita Paz e Amor

Rua Professora Cecília Siqueira, 110, Jardim Inconfidência, Belo Horizonte/MG

  • Jesus sob a ótica de Allan Kardec e Léon Denis

25/05/2019, sábado, 9h

1º Fórum Espírita Léon Denis de Caratinga

Grupo Espírita Dias da Cruz

Av. Moacir de Mattos, 247, Centro, Caratinga/MG

  • Saúde

29/05/2019, quarta-feira, 20h

Grupo Espírita Francisca de Paula de Jesus (Herdeiros de Jesus)

Rua Sete Lagoas, 274, Bonfim, Belo Horizonte/MG

JUNHO

  • A lei de amor

01/06/2019, sábado, 19h

Grupo da Fraternidade Espírita Irmã Fabíola

Rua Dr. Assis Martins, 230, Frimisa, Santa Luzia/MG

  • São chegados os tempos

04/06/2019, terça-feira, 20h

Grupo Espírita Gotas de Luz

Rua Astolfo Dutra, 42, Esplanada, Belo Horizonte/MG

  • Parábola do semeador

10/06/2019, segunda-feira, 20h

Fraternidade Espiritual Cristã Obreiros da Vida Eterna

Rua João Evangelista, 260, Itatiaia, Belo Horizonte/MG

  • Conhecimento de si mesmo

15/06/2019, sábado, 16h

Centro Espírita Campos Vergal

Rua Allan Kardec, 60, Colônia Santa Izabel/Citrolândia, Betim/MG

  • Coerência espírita

21/06/2019, sexta-feira, 19h30

Semana Especial Irmã Scheilla

Centro Espírita Oriente (Grupo Scheilla)

Rua Aquiles Lobo, 52, Floresta, Belo Horizonte/MG

  • Vocação

26/06/2019, quarta-feira, 20h

Grupo Espírita Francisca de Paula de Jesus (Herdeiros de Jesus)

Rua Sete Lagoas, 274, Bonfim, Belo Horizonte/MG

JULHO

  • Reencarnação

10/07/2019, quarta-feira, 20h

Grupo Espírita Esperança

Rua Maria Luíza Novais, 73, Camelos, Santa Luzia/MG

  • Onde estiver o teu tesouro…

16/07/2019, terça-feira, 20h

Fraternidade Espírita Irmão Glacus

Rua Henrique Gorceix, 30, Padre Eustáquio, Belo Horizonte/MG

  • Muito se pedirá àquele que muito recebeu

19/07/2019, sexta-feira, 20h

Grupo Espírita Caminho, Verdade e Vida

Rua Montes Claros, 134, Alvorada, Contagem/MG

  • Profissão

24/07/2019, quarta-feira, 20h

Grupo Espírita Francisca de Paula de Jesus (Herdeiros de Jesus)

Rua Sete Lagoas, 274, Bonfim, Belo Horizonte/MG

  • Onde estiver o teu tesouro…

25/07/2019, quinta-feira, 20h

Fraternidade Espírita Augusto César Neto

Rua João Lírio dos Santos, 183, São João Batista, Belo Horizonte/MG

  • O Senhor é meu pastor, nada me faltará

31/07/2019, quarta-feira, 20h

Fraternidade Espírita Camilo Chaves

Rua Lindolfo de Azevedo, 947, Jardim América, Belo Horizonte/MG

AGOSTO

  • Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará

06/08/2019, terça-feira, 20h

Fraternidade Espírita Lázaro

Rua Urutu, 130, Fernão Dias, Belo Horizonte/MG

  • O encontro de Bartimeu com Jesus

15/08/2019, quinta-feira, 19h30

Casa de Caridade Espírita Nosso Lar

Rua São Francisco, 154, Bairro Nossa Senhora das Graças, Santa Luzia/MG

  • A gênese mosaica

22/08/2019, quinta-feira, 20h

Grupo Espírita Francisco de Assis

Rua Aiuruoca, 63, Novo Riacho, Contagem/MG

  • O processo educativo da reencarnação

25/08/2019, domingo, 20h

XIX Semana Espírita de Oliveira/MG

Av.  das Laranjeiras, 210, Sinhaninha, Oliveira/MG

  • Jesus: guia e modelo

27/08/2019, terça-feira, 20h

Centro Espírita Oriente (Grupo Scheilla)

Rua Aquiles Lobo, 52, Floresta, Belo Horizonte/MG

  • Os nossos deveres e obrigações como cristãos

28/08/2019, quarta-feira, 20h

Grupo Espírita Francisca de Paula de Jesus (Herdeiros de Jesus)

Rua Sete Lagoas, 274, Bonfim, Belo Horizonte/MG

  • Jesus: guia e modelo

31/08/2019, sábado, 19h

Grupo da Fraternidade Espírita Irmã Fabíola

Rua Dr. Assis Martins, 230, Frimisa, Santa Luzia/MG

SETEMBRO

  • O encontro de Zaqueu com Jesus

01/09/2019, domingo, 9h

Grupo Fraternidade Casa da Acolhida

Rua do Contorno, 20, Condomínio Quintas das Esmeraldas (BR 040, KM 499), Esmeraldas/MG

  • Sede perfeitos

12/09/2019, quinta-feira, 19h30

Centro Espírita Oriente (Grupo Scheilla)

Rua Aquiles Lobo, 52, Floresta, Belo Horizonte/MG

  • Casa espírita

14/09/2019, sábado, 17h

Sociedade Espírita Sorella

Rua das Azaléas, 426, Vila Valqueire, Rio de Janeiro/RJ

  • Um só rebanho, um só pastor

21/09/2019, sábado, 9h30

Fraternidade Espírita Irmão Glacus

Rua Henrique Gorceix, 30, Padre Eustáquio, Belo Horizonte/MG

  • Sociedade

25/09/2019, quarta-feira, 20h

Grupo Espírita Francisca de Paula de Jesus (Herdeiros de Jesus)

Rua Sete Lagoas, 274, Bonfim, Belo Horizonte/MG

OUTUBRO

  • Os trabalhadores da última hora

10/10/2019, quinta-feira, 20h

Fraternidade Espírita Augusto César Neto

Rua João Lírio dos Santos, 183, São João Batista, Belo Horizonte/MG

  • A transfiguração de Jesus

17/10/2019, quinta-feira, 20h

Grupo Espírita de Fraternidade Albino Teixeira

Rua dos Aeroviários, 154, Liberdade, Belo Horizonte/MG

  • Instrução pela fala dos espíritos

20/10/2019, domingo, 9h

Centro Espírita Oriente (Grupo Scheilla)

Rua Aquiles Lobo, 52, Floresta, Belo Horizonte/MG

  • Lei de justiça, amor e caridade

20/10/2019, domingo, 19h30

Centro Espírita Oriente (Grupo Scheilla)

Rua Aquiles Lobo, 52, Floresta, Belo Horizonte/MG

  • Libertação pelo amor

22/10/2019, terça-feira, 20h

Grupo Espírita Gotas de Luz

Rua Astolfo Dutra, 42, Esplanada, Belo Horizonte/MG

  • Prosperidade

23/10/2019, quarta-feira, 20h

Grupo Espírita Francisca de Paula de Jesus (Herdeiros de Jesus)

Rua Sete Lagoas, 274, Bonfim, Belo Horizonte/MG

  • Perdão: uma escolha diária

IV Seminário “Evangelize-se! Seja íntimo de Jesus”

26/10/2019, sábado, 14-19h

Fraternidade Espiritual Cristã Obreiros da Vida Eterna

Rua João Evangelista, 260, Itatiaia, Belo Horizonte/MG

NOVEMBRO

  • A Explosão de pentecostes

07/11/2019, quinta-feira, 20h

Centro Espírita Obreiros do Senhor

Rua Petrínia Alves, 55, Goiânia, Belo Horizonte/MG

  • Jesus

11/11/2019, segunda-feira, 20h

Fraternidade Espiritual Cristã Obreiros da Vida Eterna

Rua João Evangelista, 260, Itatiaia, Belo Horizonte/MG

  • Jesus na casa de Zaqueu

15/11/2019, sexta-feira, 20h

Centro Espírita Divino Mestre

Rua São Vicente de Paula, 655, Boa Vista, Barbacena/MG

  • O estudo do Evangelho à luz da Doutrina Espírita

16/11/2019, sábado, 9 às 10h

Programa Seara Espírita

Rádio Correio da Serra (AM 1230), de Barbacena/MG

www.radiocorreiodaserra.com.br

  • A genealogia de Jesus e a casa mental

16/11/2019, sábado, 16h30

Centro Espírita Paz, Amor e Caridade

Av. Rui Barbosa, 292, Centro, Santos Dumont/MG

  • O cego de Jericó

16/11/2019, sábado, 19h30

Sociedade Espírita Amor e Paz

Rua Luiz Bertoletti, 328, Monte Mário, Barbacena/MG

  • A caminho da luz

17/11/2019, domingo, 9h30

Centro de Estudos e Educação Chico Xavier

Rua Rio Pomba, 60, Nova Cidade, Barbacena/MG

  • As colônias espirituais

20/11/2019, quarta-feira, 20h

Fraternidade Espírita Irmão Glacus

Rua Henrique Gorceix, 30, Padre Eustáquio, Belo Horizonte/MG

DEZEMBRO

  • Parábola do fariseu e do publicano

03/12/2019, terça-feira, 20h

Fraternidade Espírita Lázaro

Rua Urutu, 130, Fernão Dias, Belo Horizonte/MG

  • Jesus: guia e modelo

05/12/2019, quinta-feira, 19h30

Casa de Caridade Espírita Nosso Lar

Rua São Francisco, 154, Bairro Nossa Senhora das Graças, Santa Luzia/MG

  • Missionários de Jesus

08/12/2019, domingo, 19h30

Fraternidade Espírita Irmão Garcez

Rua Walter Diegues Peres, 68, Ingá, Betim/MG

  • O que é o espiritismo

10/12/2019, terça-feira, 20h

Fraternidade Espírita Amor e Esperança

 Rua Cristóvão de Macedo, 302, Alvorada, Contagem/MG

  • Fora da caridade não há salvação

12/12/2019, quinta-feira, 20h

Grupo Espírita de Fraternidade Albino Teixeira

Rua dos Aeroviários, 154, Liberdade, Belo Horizonte/MG

  • Jesus: caminho, verdade e vida

18/12/2019, quarta-feira, 20h

Grupo Espírita Esperança

Rua Maria Luíza Novais, 73, Camelos, Santa Luzia/MG

  • A família e o Natal

20/12/2019, sexta-feira, 19h30

Centro Espírita Oriente (Grupo Scheilla)

Rua Aquiles Lobo, 52, Floresta, Belo Horizonte/MG

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