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Archive for março \31\-03:00 2019

O dia que desencarnou Kardec

Sempre que iniciamos o mês de abril, nós, espíritas, somos lembrados de alguns eventos de suma importância ocorridos nesse período, como o lançamento de “O Livro dos Espíritos”, no dia dezoito; o nascimento de Chico Xavier no dia dois etc. Hoje citaremos um fato muito marcante: o dia do velório e enterro do corpo de Allan Kardec.

No dia 31 de março de 1984, quando se comemorava mais um aniversário da desencarnação do insigne codificador do Espiritismo, Allan Kardec, nosso querido Chico, em seu semanal encontro sob um abacateiro, na periferia de Uberaba, narrou uma história sobre o momento, que lhe foi contada pelo inesquecível Dr. Canuto Abreu.

Diz Chico:

Em 1869, no princípio do ano, ele (Allan Kardec), com os espíritas, imaginou fazer a primeira livraria espírita do mundo, que seria a livraria de Paris (hoje, pelas circunstâncias da vida francesa, ela não existe mais). A livraria se propunha a divulgar as obras espíritas. Ele e aquela turma já trabalhavam por três meses. Nos últimos dez dias de março, ele sentiu as chamadas dores pré-cordiais, que hoje são tratadas a tempo, mas no ano de 1869… Começou a sentir aquelas dores no peito, que precedem a determinados problemas difíceis na circulação, como sendo a fibrilação do músculo cardíaco…

A senhora dele, D. Gaby, faltando uns quatro dias para a morte do Codificador, ouviu-o dizer:

– Gaby, eu me sinto indisposto, com muita dor no peito, mas a inauguração da livraria espírita está prevista para o dia 1º de abril; faltam cinco dias para arranjar tudo para uma inauguração tão distinta quanto possível… Eu não me sinto bem, mas no dia 1º de abril eu tenho que inaugurar a livraria.

Ela, então, disse:

– Mas se você estiver com essa dor muito aumentada, podemos deixar para outra semana, daqui a uns quinze dias…

Nove anos mais velha do que ele, ela tinha por Kardec um desvelo também maternal… Naquela época, as viagens não eram tão fáceis. Os amigos que vinham ajudar, na inauguração, já estavam viajando para Paris, ou com todos os preparativos feitos… A viagem era feita a cavalo, e eles, em determinadas estações, tinham que ser mudados.

E os dois começaram a dialogar:

– Nós temos aí talvez mais de cinquenta companheiros, da França, da Bélgica… Eu não posso deixar, com dor ou sem dor, tenho que ir.

– Mas eu, como sua esposa, não acho que isto esteja certo.

– Mas eu não posso desconsiderar o dinheiro que os irmãos gastaram para vir até aqui.

– Apesar disso tudo, eu aconselharia você a adiar…

– Você me aconselha a adiar, mas, se eu estiver muito mal, no dia primeiro, ou que tenha até desencarnado, já que estamos numa Doutrina de caridade, o que é que você faria por mim, se eu estiver incapacitado para ir até o local da livraria, já que a inauguração está prevista para as dez horas… Não podemos fazer os outros esperarem, isto também é caridade.

– Já que a sua decisão é tão firme, no caso desse ato inauguratório, no caso de você piorar…

– E no caso de eu desencarnar?

– Mesmo assim, se você piorar ou desencarnar, eu irei no seu lugar.

E, no dia 31 de março, ele desencarnou, tudo indica por um aneurisma; foi repentino. Os amigos começaram a visitar a casa, já bem à noitinha… Então alguém aventou a hipótese de adiar a inauguração. Mas D. Gaby respondeu:

– Não, eu e meu marido conversamos sobre isto; ele está na urna; amanhã é o primeiro dia do velório, mas, às 10 horas eu irei cumprir o que a ele prometi; em nome da Doutrina de caridade, eu vou substituí-lo.

E, de manhã cedo, no dia 1º de abril, às 8 horas, D. Gaby despediu-se do corpo do esposo e falou com ele que ia cumprir a sua tarefa… Pediu-lhe desculpas por se ausentar de casa e foi para o local… Demorou umas duas horas, deu entrevistas, fez conferências e depois voltou para junto do corpo do marido… Os jornais da época comentaram muito sua coragem. Como percebemos, estamos numa Doutrina que nem a morte nos pode privar do dever a cumprir.

Por José Antônio V. de Paula.

Fonte: www.oconsolador.com.br.

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A liberdade é um ponto capital para o desenvolvimento do espírito. À medida que ele galga o monte da evolução e adquire mais consciência sobre si, a criação e a lei de Deus, descobre forças e potencialidades que ignorava e se torna, por isso mesmo, mais livre.

Por outro lado, muitos acreditam que o homem e a sociedade não são mais do que um joguete de forças que já determinaram o destino.

Afinal, liberdade ou determinismo, qual das duas teorias explica o drama existencial? E a fatalidade, é possível explicá-la?

Léon Denis, o grande continuador da obra de Allan Kardec, nesta obra apresenta excelente análise sobre essas questões, bem como o papel do Espiritismo na renovação da sociedade, além de interessantes revelações sobre uma de suas reencarnações, que serve como estudo de caso para o entendimento de como a lei de Justiça regula os processos reencarnatórios.

Liberdade e renovação: texto inédito de Léon Denis.

Leitura agradável e acessível que empolgará a todos que se interessam pela filosofia espírita.

Mais informações em: http://www.edicoesleondenis.com.br/.

José Márcio

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É com enorme alegria que estamos registrando a nossa passagem pela cidade do Rio de Janeiro para divulgar o livro Anunciando o Evangelho.

Estivemos na cidade maravilhosa nos dias 9 e 10 deste mês de março, ocasião em que palestramos no Centro Espírita Léon Denis (CELD), no Centro Espírita Maria Angélica (CEMA) e na Sociedade Espírita Sorella.

Na Casa de Léon Denis (CELD), zona norte da capital carioca, no sábado (9), pela manhã, realizamos o estudo “Faculdades Morais e Intelectuais do Homem” e também participamos do “Café Literário CELD” apresentando o método de estudo minucioso do Evangelho de Jesus (“miudinho”) e o nosso singelo trabalho “Anunciando o Evangelho”.

Na tarde de sábado, no Centro Espírita Maria Angélica (CEMA), localizado no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste da cidade, abordamos o emblemático encontro do cego Bartimeu com o Mestre.

No domingo (10) pela manhã, na Sociedade Espírita Sorella, localizada em Vila Valqueire, na zona oeste da cidade maravilhosa, realizamos, com os companheiros e companheiras daquela casa nascente, uma profícua oficina de estudo do Evangelho de Jesus, interpretando o versículo 26, do capítulo 1, do Evangelho Segundo João.

Foi um final de semana de muito trabalho com Jesus.

Agradecemos aos queridos amigos Thiago Barbosa, Vítor Nogueira, Jaílton Pinheiro e Saulo Monteiro, da Revista de Estudos Espíritas do CELD, e a amiga Regina Chadu, do CEMA, pela acolhida, pelo carinho e pela oportunidade de trabalho.

José Márcio

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Qual é a minha missão?

Muitos se perguntam sobre a sua missão na Terra. Existem os Espíritos missionários que realizam grandes obras e auxiliam muitas pessoas como Chico Xavier, Gandhi dentre outros. No entanto, somente o fato de se estar reencarnado já denota um propósito divino, espiritual, porque nada é inútil na Natureza.

Na questão 132 de O Livro dos Espíritos Kardec pergunta aos Espíritos: qual o objetivo da encarnação dos Espíritos? E eles respondem que sua finalidade é permitir ao Espírito chegar à perfeição. Dizem ainda que a encarnação visa colocar o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da Criação. Para executá-la, concluem, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. Assim concorre para a obra geral.

A questão posta é que todos, sem exceção, contribuem com a obra divina. Pode-se fazer uma analogia ainda que precária, com a construção de um grande edifício na Terra em que é contratada uma empreiteira. Cada funcionário dessa empreiteira tem uma função a desempenhar para que o prédio se concretize e, quanto maior o prédio, maior o número de funcionários.

Na empreiteira divina, Deus é o dono do prédio, Jesus é o encarregado e todos os habitantes do planeta, os funcionários. Esse prédio, que pode ser o mundo de regeneração tão esperado, só se concretizará se todos, todos mesmo, realizarem sua parte, da melhor maneira possível.

Os impedimentos na conclusão da obra são o orgulho, a vaidade e o egoísmo, que são grandes pedras a serem quebradas para permitir a construção do novo mundo. Até para realizar uma função o homem quer ser grande, fazer algo que apareça, é quando o orgulho fala mais alto. Kardec também se preocupou com isso ao perguntar aos Espíritos na questão 571: somente os Espíritos elevados desempenham missões? E a resposta não poderia ser melhor: a importância das missões corresponde às capacidades e à elevação do Espírito. O estafeta que leva um telegrama ao seu destino também desempenha uma missão, se bem que diversa da de um general.

Satisfazendo a curiosidade de todos, os Espíritos respondem a Kardec na questão 573 que a missão dos Espíritos encarnados é instruir os homens, auxiliando o seu progresso; é melhorar as instituições, por meios diretos e materiais. O que cultiva a terra desempenha tão nobre missão, como o que governa, ou o que instrui. Tudo na Natureza se encadeia. Cada um tem neste mundo a sua missão, porque todos podem ter alguma utilidade.

Em suma, o objetivo da encarnação é fazer o bem, no entanto, os próprios Espíritos afirmam na questão 574 que há pessoas que vivem só para si mesmas, que não sabem tornar-se úteis ao que quer que seja. Acabam por experimentar, ainda nessa vida, o aborrecimento, o desgosto, o tédio que uma vida ociosa apresenta. Um dia compreenderão, à própria custa, os inconvenientes da inutilidade a que se votaram e serão os primeiros a pedir que se lhes conceda recuperar o tempo perdido.

Embora se ignore a missão, estas acabam se desenhando à sua vista. Deus impele o homem para a senda onde devam executar os seus desígnios. A própria paternidade, dizem os Espíritos, pode ser considerada uma verdadeira missão. É um grande dever que envolve mais responsabilidade do que se pensa em relação ao futuro. Deus coloca o filho sob a tutela dos pais, a fim de que estes o dirijam pela senda do bem, e lhes facilita a tarefa dando àquele uma organização débil e delicada, que o torna propício a todas as impressões.

Kardec sabiamente complementa no livro O Céu e o Inferno que cada encarnado tem a sua missão, isto é, deveres a preencher a bem de seus semelhantes, desde o chefe de família, a quem incumbe o progresso dos filhos, até o homem de gênio que lança às sociedades novos germens de progresso.

Cabe a cada um conscientizar-se, a partir das explicações de Kardec no livro citado, de que a vida espiritual em todos os seus graus é uma constante atividade e que os encargos de cada tarefa deve ser experimentada como uma verdadeira felicidade.

Na obra divina não há favores, nem privilégios que não sejam o prêmio ao mérito; sendo tudo medido na balança da estrita justiça. As atribuições dos Espíritos são proporcionais ao seu progresso. Trabalhar para progredir, progredir para trabalhar mais e mais e, nessa oportunidade de trabalho encontrar a tão desejada felicidade.

Que cada um faça o seu melhor, no local onde foi colocado, com aqueles com os quais convive, para promoverem a paz.

Por Carlos Gomes, da AME Itajubá.

Referências:

KARDEC, Allan. Revista Espírita de 1859, Trad. Julio Abreu Filho, Catanduva, SP: EDICEL, 2016.

___________. O Céu e o Inferno. 2ª ed. Trad. Manuel J. Quintão, Rio de Janeiro: FEB, 2011.

___________. O Livro dos Espíritos. 93ª ed. Trad. Guillon Ribeiro, Brasília, DF: FEB, 2013.

Fonte:  http://ameitajuba.blogspot.com/2019/02/qual-e-minha-missao.html

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Ser Espírita

Ninguém se torna espírita por frequentar sistematicamente uma instituição espírita.

Ser espírita é praticar a caridade com “olhar humano”, com empatia!

Ninguém se torna espírita por assumir um cargo em uma instituição espírita.

Ser espírita é compreender que há condutas e faltas de outras existências que precisam ser trabalhadas com o auxílio ao próximo, independente da função exercida!

Ninguém se torna espírita por ler obras espíritas.

Ser espírita é exercer o conhecimento adquirido sempre e em todo lugar!

Ninguém se torna espírita por atuar sessões mediúnicas.

Ser espírita é compreender que a assistência mediúnica é uma caridade primeira aos desencarnados que ainda sofrem no plano espiritual, sendo uma falta desconhecer sua principal função!

Ninguém se torna espírita por nascer filho de espíritas.

Não há caridade hereditária! Cada ser tem compromissos como espírito reencarnante.

Ninguém se torna espírita por realizar trabalhos sem remuneração.

Ser um voluntário espírita é compreender que seu papel é divulgar o Espiritismo através de suas atitudes, praticando a Lei de Igualdade com todos, sem distinção de cargos ou classe social.

Ninguém se torna espírita por doar uma grande quantia em dinheiro para uma instituição.

Ser espírita é agir com desinteresse, independente de se doar dinheiro, objetos, tempo ou conhecimento!

Ninguém se torna espírita por cumprir regras disciplinares de uma instituição.

Ser espírita é ser flexível quando socorrer alguém for urgente, incluindo desencarnados!

Ninguém se torna espírita por se dizer espírita, mas por ser cristão e compreender como o Cristo Jesus agiria diante das aflições humanas…

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