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Archive for junho \23\-03:00 2024

Um estudo conduzido por uma pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) revelou que pacientes que passam por experiências de quase morte (EQM) traumáticas – consideradas perturbadoras – podem ter consequências psicológicas que rompem com as certezas existenciais e alteram de forma significativa o fluxo da chamada “vida normal”.

Leia em:

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/03/06/relatos-perturbadores-de-quem-esteve-quase-morto-e-voltou-pesquisadora-da-usp-explica-as-consequencias-psicologicas-da-eqm.ghtml

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Jesus na casa de Zaqueu

Grupo Scheilla de Belo Horizonte, MG. Reunião Pública de 05 de junho de 2024, quarta-feira às 19:30 horas, com transmissão direta do salão do Centro Oriente.

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por José Márcio de Almeida

“Depois que Judas saiu, Jesus disse: “Agora o Filho do homem é glorificado, e Deus é glorificado nele”. Se Deus é glorificado nele, Deus também glorificará o Filho nele mesmo, e o glorificará em breve. Meus filhinhos, vou estar com vocês apenas mais um pouco. Vocês procurarão por mim e, como eu disse aos judeus, agora lhes digo: Para onde eu vou, vocês não podem ir. Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”. Simão Pedro lhe perguntou: “Senhor, para onde vais?” Jesus respondeu: “Para onde vou, vocês não podem me seguir agora, mas me seguirão mais tarde”.”[1]

Contextualização

Essa passagem evangélica se dá logo após a última ceia de Jesus com os apóstolos, quando Judas, que o haveria de trair, aparta-se Dele e dos demais para consumar o abjeto ato.

O que significa dizer que Jesus é o Filho do Homem

Dois são os significados para a expressão Filho do Homem, utilizada por Jesus ao referir-se a si mesmo. Esta expressão é utilizada 88 vezes no Novo Testamento.

O primeiro, ao que tudo indica, refere-se à profecia de Daniel,  que assim se refere ao Filho do Homem:

“Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.”[2]

Logo, conclui-se que a expressão Filho do Homem era um título Messiânico – relativo, portanto, ao Messias.[3]

Ao se utilizar dessa expressão, referindo-se a si mesmo, Jesus estava lhe atribuindo a profecia de Daniel, ou seja, Ele estava proclamando ser o Messias. 

É certo também que o povo Judeu, àquela época, conhecia o significado da aludida expressão e a quem ela se referia.                 

O segundo corrobora a assertiva de Allan Kardec[4]  de que seria o corpo de Jesus de natureza carnal, como o nosso. Por esse entendimento, a expressão Filho do Homem quer traduzir que Jesus era, de fato, um ser humano, como nós, desconsiderado, por óbvio, o aspecto espiritual.

Aliás, o evangelista João, embora reconheça precipuamente a natureza Divina de Jesus (“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus”[5]), não deixa de consignar que Ele encarnou entre nós  (“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”[6]).

Outrossim, o mesmo evangelista, em sua Primeira Epístola, assim nos assevera: “Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus”.[7] Sim, Jesus era o Filho de Deus e também era o Filho do Homem.

Em resumo: Jesus é o Messias, o Filho de Deus encarnado!

O que significa ser glorificado

Glorificar (verbo pronominal e verbo transitivo direto) significa cobrir de glória, honrar, gloriar, canonizar, beatificar. São sinônimos de glorificar: abençoar, bendizer, canonizar, enaltecer, gloriar, louvar e ufanar.

A expressão glorificar é derivado do grego doxologia, (doxa = glória) + (logia = palavra) é também compreendida como a última fase do processo da salvação; sendo que este processo envolve três fases que se relacionam entre si: a primeira, a justificação; a segunda, a santificação e por fim, a glorificação.

Glorificação significa, portanto, o estágio final da humanidade encarnada na Terra, pronta a migrar para mundos mais evoluídos (felizes).

O que significa mandamento

Mandamento (substantivo masculino) significa ação ou efeito de mandar; ordem, mandado; voz de comando. São sinônimos de mandamento: determinação, formalidade, lei, norma, preceito e regra.

Em todos os textos do evangelista João – o Evangelho, as Epístolas e o Apocalipse – a expressão Lei é abandonada, ocasião em que fica claro que, para ele, João, Lei faz parte da revelação trazida por Moisés. Prefere ele utilizar-se da expressão Mandamento para caracterizar a nova revelação trazida por Jesus.

Amor, o novo mandamento

A revelação trazida por Jesus, a das verdades espirituais, tem, no amor, o seu traço mais marcante (“Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”[8]).

Não poderia o Mestre retornar às elevadas e sublimes esferas espirituais sem nos legar um novo ensinamento, revestido, desta feita, do caráter mandamental.                 

Entretanto, antes de nos dar o novo mandamento, Jesus disse aos apóstolos: “Vocês procurarão por mim e, como eu disse aos judeus, agora lhes digo: Para onde eu vou, vocês não podem ir”.[9] Esta sentença, aparentemente tão definitiva, encerra uma importante lição.     

Parece-nos que o Mestre quis dizer que, naquele primeiro momento de sua reentrada no mundo espiritual, ocasião em que iria visitar os abismos espirituais da psicosfera terrestre levando sua luz imperecível, para depois elevar-se às esferas mais sublimes, onde eles, os judeus e os apóstolos, ainda não poderiam alcançar face ainda viverem a sua a infância espiritual.

Contudo, Jesus não nos fecha as portas, afinal, no versículo 36,[10] Ele afirma que “Para onde vou, vocês não podem me seguir agora, mas me seguirão mais tarde”.

Entendemos assim, que Jesus, nos consola afirmando que na medida em que caminharmos na senda evolutiva (segui-lo), nos será possível alcançá-lo, ou seja, atingir o seu nível de desenvolvimento moral e espiritual e de sua companhia podermos desfrutar.

Conforme dizíamos, o mandamento que nos deu o Divino Amigo foi o de nos amar uns aos outros. Entretanto, conforme asseverou Emmanuel,[11] não se trata de tão somente nos amarmos ou de amar o próximo como a nós mesmos. É preciso amar o próximo como Jesus nos amou! O novo mandamento de Jesus é o amor; o amor puro, incondicional, altruísta e infinito; é a ágape: “Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros”![12]   

Este amor deve prevalecer em todas as circunstâncias e em todas as nossas relações com o próximo! Urge instalá-lo em nossos corações!… 

Igualmente, chama-nos a atenção a forma carinhosa pela qual o Mestre se dirige aos apóstolos (e a todos nós!): Meus filhinhos. Mesmo se tratando de um mandamento, o Mestre, demonstra toda a fraternidade ao legá-lo à humanidade. Ele não determina, não outorga, não impõe; Ele, do alto de sua envergadura espiritual e moral, no-lo dá! O verbo dar significa transferir ou ceder gratuitamente o que se possui.

Sobre a lição ora abordada, recorramos, uma vez mais, a Emmanuel:

“A leitura despercebida do texto induziria o leitor a sentir nessas palavras do Mestre absoluta identidade com o seu ensinamento relativo à regra áurea.

“Entretanto, é preciso salientar a diferença.

“O “ama a teu próximo como a ti mesmo” é diverso do “que vos ameis uns aos outros como eu vos amei”.

“O primeiro institui um dever, em cuja execução não é razoável que o homem cogite da compreensão alheia. O aprendiz amará o próximo como a si mesmo.

“Jesus, porém, engrandeceu a fórmula, criando o novo mandamento na comunidade cristã. O Mestre refere-se a isso na derradeira reunião com os amigos queridos, na intimidade dos corações.

“A recomendação “que vos ameis uns aos outros como eu vos amei” assegura o regime da verdadeira solidariedade entre os discípulos, garante a confiança fraternal e a certeza do entendimento recíproco.

“Em todas as relações comuns, o cristão amará o próximo como a si mesmo, reconhecendo, contudo, que no lar de sua fé conta com irmãos que se amparam efetivamente uns aos outros.

“Esse é o novo mandamento que estabeleceu a intimidade legítima entre os que se entregaram ao Cristo, significando que, em seus ambientes de trabalho, há quem se sacrifique e quem compreenda o sacrifício, quem ame e se sinta amado, quem faz o bem e quem saiba agradecer.

“Em qualquer círculo do Evangelho, onde essa característica não assinala as manifestações dos companheiros entre si, os argumentos da Boa Nova podem haver atingido os cérebros indagadores, mas ainda não penetraram o santuário dos corações.[13]


[1] João, 13:31-36.

[2] Daniel, 7:13-14.

[3] Messias. Palavra hebraica que significa o ungido. Tem o mesmo significado do termo grego Cristo. Os antigos hebreus chamavam seus altos sacerdotes e reis de messias, porque tinham sido ungidos com o óleo sagrado. Mais tarde, os profetas falaram de um rei que redimiria Israel e traria um período de paz e justiça na Terra. Acreditavam que seria um descendente direto do rei Davi. O termo messias passou a referir-se a esse rei ideal.

[4] KARDEC, Allan. A Gênese, cap. 15, itens 65 e 66.

[5] João, 1:1-2.

[6] João, 1:14.

[7] 1João, 4:2.

[8] João, 13:35.

[9] João, 13:33.

[10] João, 13:36.

[11] XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida, pelo Espírito Emmanuel, cap. 179.

[12] João, 13: 34.

[13] XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida, pelo Espírito Emmanuel, cap. 179.

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